Tópica:
. Teoria dos
lugares.
.
Diferenciação do aparelho psíquico em sistemas dotados de características
diferentes com relações entre si. Podemos considerar metaforicamente como
lugares psíquicos.
. Na teoria
Freudiana são duas tópicas: 1ª: distinção entre Inconsciente, Pré-consciente e
Consciente; 2ª: distinção entre id, ego e superego.
. Hipótese
freudiana: origem num contexto científico de que nos limitaremos a indicar
elementos mais imediatamente determinantes.
. Hipótese
anátomo-fisiológica: funções especializadas ou tipos específicos de representações
dependeriam de suportes neurológicos rigorosamente localizados.
. Psicologia
patológica: grupos psíquicos diferentes, comportamentos, representações,
lembranças que não estão continuamente e no seu conjunto à disposição do
sujeito, mas que podem mostrar sua eficácia: fenômenos hipnóticos, casos de
desdobramento de personalidade, etc.
.
Inconsciente: organização por camadas – sentido lógico, pois as associações
entre as diversas representações realizam-se segundo modalidades diversas.
Constituído a partir do recalque originário.
. Tomada de
consciência: reintegração das lembranças inconscientes no ego – descrita
segundo um modelo especialmente figurado: “desfiladeiro” que só deixa passar
uma lembrança de cada vez para o “espaço do ego”.
. Reformulação
da primeira tópica em segunda tópica: defesas inconscientes passam a cada vez
mais serem levadas em consideração;
. A primeira
concepção tópica do aparelho psíquico é apresentada no capítulo VII de A
interpretação de sonhos (1900) e será desenvolvida nos textos
metapsicológicos de 1915 onde os três sistemas serão distinguidos: inconsciente,
pré-consciente e consciente; cada um com sua função, tipo de processo e sua
energia de investimento. Essa distinção não pode ser separada da concepção
dinâmica, segundo a qual os sistemas se acham em conflitos entre si.
Recalque
Originário:
. Primeiro
momento da operação do recalque. Tem como efeito a formação de um certo número
de representações inconscientes.
. É postulado
a partir de seus efeitos: uma representação não pode ser recalcada se não
sofrer, simultaneamente com uma ação proveniente da instância superior, uma
atração por parte dos conteúdos que já são inconscientes.
. Resulta na
formação de uma quantidade de representações inconscientes (“recalcado
originário”). Posteriormente, esses núcleos inconscientes vão exercer uma
atração sobre conteúdos a serem recalcados, ajudando, portanto, no recalque
propriamente dito;
. Caso
Schreber: primeiro momento do recalque já é descrito como fixação (concebida
como “inibição de desenvolvimento”). É uma fixação da pulsão numa representação
e uma inscrição desta representação no inconsciente.
. Recalque
originário: primeira fase do recalque que consiste no fato de ser recusado ao
representante psíquico da pulsão o acesso ao inconsciente. Com ele se produz
uma fixação onde o representante correspondente subsiste a partir daí de forma
inalterável e a pulsão permanece ligada a ele.
. É um contra
– investimento – noção que permanece obscura para Freud.
. Procurar
origem em experiências arcaicas muito fortes.
Narcisismo:
. Referência
ao mito de Narciso – amor pela imagem de si mesmo.
. Termo
aparece pela primeira vez em 1910 para explicar a escolha de objeto nos homossexuais
- partem do narcisismo e procuram pessoas que se parecem com eles;
.Caso Schreber: existência de uma fase
intermediária entre o auto – erotismo e o amor pelo objeto. “O sujeito começa
por tomar a si mesmo, ao seu próprio corpo, como objeto de amor”, o que permite
uma primeira unificação das pulsões sexuais.
. Narcisismo não surge como uma fase
evolutiva, mas como uma estase da libido que nenhum investimento de objeto
permite ultrapassar completamente.
.Neurose Narcísica: possibilidade que
a libido tem de reinvestir o ego (“libido do ego”), desinvestindo, portanto, o
objeto (“libido do objeto”);
.
Narcisismo infantil como um dos momentos formadores do ego: quando
o ego é tomado como objeto de amor;
. Identificação narcísica com o
objeto. Imagem que o sujeito adquire de si mesmo segundo o modelo do outro, e
que é precisamente o ego. (concepção que cai com a elaboração da segunda teoria
do aparelho psíquico).
. Freud acaba
opondo de forma global um estado narcísico primitivo (primário) e relações com
o objeto.
. Narcisismo
primário: ausência total de relações com o meio, por uma indiferenciação entre
o ego e o id.
. Idéia de um narcisismo a partir da formação do ego por identificação com
o outro não é abandonada e passa a ser denominada como narcisismo secundário. –
captação amorosa da imagem que outra pessoa tem do indivíduo, interiorização de
uma relação intersubjetiva. Libido que aflui ao ego pelas identificações, sendo
retirado dos objetos.
Elaborado por Fernanda Capuano e Renata Siqueira da
Equipe de Monitoria de Psicanálise da PUC/SP